Durante a divulgação de seu relatório fiscal mais recente, a Sony revelou que, embora o PlayStation 5 (PS5) esteja vendendo em ritmo mais lento que o PS4, mais de 80 milhões de unidades do aparelho já foram comercializadas. No entanto, isso não vai impedir a empresa de se focar menos em hardwares daqui em diante — o que não significa que eles vão ser abandonados.
Logo após os números mais recentes da empresa serem apresentados, o vice-presidente Sadahiko Hayakawa respondeu a perguntas de investidores. Segundo ele, a empresa “está se movendo de um modelo de negócios focado no hardware em direção a um negócio de plataformas, que expande a comunidade e aumenta o engajamento”.
He says overall Sony are making a shift to “creation” as a company, as the 3 segments of games, music and pictures make up 60% of Sony’s total revenue.
For example shifting from output devices like TVs and to creation devices like digital cameras. Also things like music…
— Genki✨ (@Genki_JPN) August 7, 2025
Ele também destacou que a Sony, como corporação, está mudando suas dinâmicas internas para se tornar uma força criativa mais forte. Segundo o executivo, a divisão PlayStation, junto com seus negócios em música e filmes, corresponde a mais de 60% de suas receitas anuais.
O que isso significa para o PlayStation?
Enquanto as falas de Hayakawa dão sinais de que o PlayStation vai seguir o caminho do Xbox e abandonar hardwares, a realidade pode ser bastante diferente. Enquanto a Sony deve intensificar o ritmo de seus lançamentos multiplataforma, ela não deve abandonar totalmente a exclusividade de games que tem sido benéfica para ela em anos recentes.

O vice-presidente sênior deu alguns exemplos da maneira como a companhia pretende operar nos próximos anos. Em vez de fabricar televisores, por exemplo, ela quer oferecer ao público câmeras digitais, que permitam que consumidores criem conteúdos. De forma semelhante, ela deve se focar mais no streaming em música e em áreas como os animes.
É justamente como resultado desse novo foco que ela fez investimentos recentes em empresas como a Kadokawa e a Bandai Namco. Embora ambas produzam games, o maior interesse da Sony nelas é em seus catálogos de animações, que podem fortalecer serviços como o popular Crunchyroll.

No entanto, não se pode descartar totalmente a possibilidade de que a Sony também decida mudar sua divisão PlayStation, contanto que isso resulte em mais receitas para ela. Nesse caso, a única companhia do mundo dos games que deve continuar operando sob as “regras antigas” é a tradicionalista Nintendo.
Fonte: Sony