A Electronic Arts (EA) avaliou os resultados financeiros de Dragon Age: The Veilguard e apontou a falta de elementos de live service como um dos fatores que impactaram negativamente as vendas. O título esteve longe de alcançar um público amplo o suficiente, resultando em cortes na equipe da BioWare.
Durante a conferência financeira do terceiro trimestre, o CEO da EA, Andrew Wilson, reconheceu que o jogo não atingiu as metas esperadas. De acordo com ele, o mercado atual exige que os jogos ofereçam mais do que narrativas de qualidade, incluindo recursos que incentivem maior engajamento e interação entre os jogadores.
“Sabemos que, como líder no setor de entretenimento global, grandes títulos, mesmo com uma execução refinada, podem não atender às nossas expectativas financeiras”, afirmou durante a reunião com os investidores.
Além disso, Stuart Canfield, diretor financeiro da EA, reforçou essa visão ao destacar a mudança no comportamento do público. Isso porque para ele, a performance de Dragon Age: The Veilguard evidencia a necessidade de investir nos segmentos mais rentáveis da empresa.
Dragon Age e a influência do live service na estratégia da EA
Originalmente, Dragon Age: The Veilguard teria um modelo baseado em live service. No entanto, após o fracasso de Anthem, o desenvolvimento foi reorientado para uma experiência totalmente voltada ao modo singleplayer. A recente análise dos resultados sugere que a decisão pode ter limitado o alcance do jogo no mercado.
Atualmente, os serviços contínuos representam 74% da receita da EA, gerando US$ 5,449 bilhões dos US$ 7,347 bilhões arrecadados em 2024. Dessa forma, esse cenário reforça a tendência da empresa de priorizar modelos de monetização recorrente em detrimento de jogos baseados apenas em narrativa.
Fonte: PC Gamer
