>>> Ex-Bethesda, Pete Hines critica modelo de assinaturas de jogos

Um dos responsáveis pela versão moderna da Bethesda, Pete Hines deixou a desenvolvedora em 2023, pouco após o lançamento de Starfield. Na última sexta-feira (5), ele deixou um pouco de lado sua aposentadoria para falar sobre o estado atual da empresa, bem como para compartilhar sua opinião sobre serviços de assinatura que oferecem uma grande seleção de jogos.

Ao DBLTAP, Hines afirmou que, em sua visão, serviços como o Game Pass e a PlayStation Plus não são exatamente benéficos para desenvolvedores. Segundo ele, opções do tipo fazem com que estúdios não sejam adequadamente recompensados ou valorizados por seus esforços individuais.

Ex-Bethesda, Pete Hines critica modelo de assinaturas de jogos
Foto: Divulgação/Bethesda

Eu não trabalho mais nessas companhias, então não presumo que tudo o que sabia enquanto estava na indústria ainda é verdade atualmente”, explicou o ex-Bethesda. “Ao mesmo tempo, estou envolvido o suficiente para saber que o que eu considerava como decisões míopes há alguns anos estão se confirmando”.

Segundo Hines, a palavra “assinatura” virou a moda do mercado, e empresas não querem mais que jogos sejam comprados. Com isso, elas acabam englobando em um grande pacote produtos e estúdios muito diferentes entre si. Ele explica que isso cria uma “tensão” entre os investimentos que uma equipe pode fazer e os resultados que são atribuídos a ela.

Bethesda mudou bastante nos últimos anos, afirma Hines

O ex-vice-presidente sênior de marketing e comunicações globais da Bethesda vai além, afirmando que sistemas de assinatura podem mudar como jogos são feitos. Segundo ele, a tendência é que aconteça com eles o mesmo que vimos em streamings musicais: produtos mais previsíveis, mais curtos e feitos com o único intuito de chamar a atenção de forma agressiva.

Ex-Bethesda, Pete Hines critica modelo de assinaturas de jogos
Foto: Divulgação/Bethesda

Todos foram condicionados. A economia de atenção está a pior possível, as crianças estão navegando por vídeos verticais, elas querem eventos ao vivo e parcerias, e elas acreditam que todo jogo deve ser eterno e atualizado até que os desenvolvedores virarem um esqueleto de Fallout.

Pete Hines

Hines também afirmou que a versão atual da Bethesda é muito diferente daquela que ele deixou em 2023. Ele explica que isso é resultado de uma transformação natural que acontece quando um estúdio passa de uma entidade pequena para parte de uma corporação gigantesca.

Segundo ele, no passado o estúdio tinha uma aura mais familiar e era mais fácil trabalhar em projetos sem grandes influências externas. “Simplesmente não há questão sobre a companhia não ser mais a mesma. Ela mudou radicalmente e foi transformada da companhia que construímos. É o que é. As coisas mudam. As coisas evoluem, mas, em seu auge, era algo realmente especial para se fazer parte”.

Fonte: DBLTAP

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